Peregrino pelas ruas da
cidade, cruzo
a violência urbana e o tempo em flaches mentais.
Vejo os slogans
modernos e sedutores das fachadas,
presumidos aglutinadores
e os cobertores
deixados pelos cantos
dos encharcados de
miséria, acompanhada!
Tudo está podre e
corrompido! Putrefacto!
Os rostos passam por
mim absortos
naquele vértice sombrio
onde conflui preocupação
e tristeza
em rostos mortos!
Tu nunca me disseste, a
verdade
pousavas a tua mão na
minha e dos teus dedos
brotavam fadas, nada
era real
a não ser o teu colo macio
para me aninhar e sonhar
com cores e luzes
artificiais!
E os meus olhos reluziam
tanto até ficarem cansados
e as tuas palavras para
me embalar,
iam fugindo, numa melopeia de conforto
como cobertores de lã e
alfazema
para me aconchegar!
1 comentário:
Marisa,
Maravilhoso poema, onde a saudade toma conta da emoção.
Beijinho
Nandan
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