Ergui o meu olhar e olhei o céu,
Aves inquietas voavam,
Rasgando o seu semblante como chacais
Perdidas, tagarelas em orbes radiosas
Iam e vinham como estradas de vento.
Aquele ritual de ilusão,
Distraiu a minha alma vazia,
Era a raiz do tempo que me envolvia,
Naquele odor perfumado que por mim chamava.
Perdi-me naquele limbo,
Embalando-me por ondas na praia deserta,
Em monólogos extremos…
Não desejando mais nada além da tua companhia,
Para comigo comungar da paisagem.
As horas passaram,
O tecto que se erguia em cima de mim
Mudou de aspecto… vestiu um fato laranja
E o sossego condensou-se de novo
Até que sobre ele desceu o farrapo negro
Extinguindo lentamente as cores.
As luzes embebidas de encanto,
Acenderam-se lentamente em todos os pontos
Dando um brilho mágico à cidade,
Serenatas mágicas romperam pelos espaços
Juras e beijos de namorados nos cantos
Segredavam hinos de desejos primitivos.
Suspirei… sentindo o pulsar do coração
Envolto na metamorfose deixei-me ir,
Era tempo de partir…
De ir ao teu encontro,
E perder-me também neste tempo
Para alimentar o meu vício de amor.
2 comentários:
Luis,
Ha vícios muito salutares. A mim vicia-me ler boa poesia. Por isso passei por aqui para te ler.
Beijo
Nanda
Luís,
Vim aqui saciar-me da tua boa poesia.
Beijo
Nanda
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