quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sons de vida latente



O Sol já se pôs

deu lugar à lua

que veio maternal

e numa ronda atenta

vigia os sinais

de vida latente


Quando o dia cai

até mesmo os rios

procuram seu leito

acalmando as águas

doces ou salgadas

à mercê do vento


Aves apressadas

partem em debandada

para se recolherem

E ouvem-se grilos

que não se deixam ver


Rãs cantam nos charcos

girinos, batráquios

natureza viva

pronta a adormecer

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