Sacudi o vento dos meus ombros
Não quero nada que me pese
Nem segredos sussurrados
No lóbulo descrente da orelha
É desta canseira que vos falo
No dia em que me abstenho
De viver em função de desafios
Faz tempo que os preteri
Passei a ser fã dos meus escombros
Por onde disserto a minha tese
De solidão e abandono
À margem do que resta de mim
Num mundo sem risos, nem vitórias
Nem gritos soltos no palato
Se já fui livre... hoje, calei-me!
Contra mim, afirmo...
Já nem o vento me arranca um desabafo.
3 comentários:
O vento soprou forte
Tanto que rasgou a alma
Quando ele vem de norte
Nunca existe maré calma
Excelente.
Maravilhoso,
Beijinhos *
Jessica
Olá amiga Nandinha, sempre muito lindos os teus poemas, é um gosto ler-te.
beijinhos
Maria Gomes
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