Há dor tamanha, empoleirada no cume
das ramagens delirantes no centro vazio do céu
Não há secura que seque o gotejar das verdes ramas
aspergidas de sal, pigmentadas de calor
Não há sol tamanho que aqueça a clorofila… exausta
Não há rio que alcance as gementes águas
na dor espelhada das águas inertes
Mas há um olhar diáfano da cor vítrea da alma
num aperto infinito que dói em foliáceos timbrados
num aspergir sem fim
Multidatas
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