no corpo aflito do nada
caem-me feridas oblíquas,
elos de águas indevidas
do esgar bravio da sonolência.
há em cada poro,
um som decapitado de preces,
uma utopia de alforria decorada de Inverno.
hesito na travessia
e no pano da lógica,
que me confundem o degrau da existência.
e nos passos que não dei
e nos traços que apaguei
visto-me da realidade que não sou.
Eduarda
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