domingo, 13 de setembro de 2009

Apagado

Sentado nesta cadeira e ao redor
Uma luz que me trespassa.
Sou mais um dia que finda
E virado a sul procuro respostas
Às dúvidas da noite que se avizinha.
Crepúsculo do silêncio incómodo.
Tudo me torna vago e obscuro.
Sinto-me tétrico ao anoitecer.
Nem sempre assim foi,
Mas hoje estou mais ignorante,
Não discirno a intenção e a capacidade de pensar.

Preciso do fulgor.
Do brilho do sol.
Com ele sou clarividente.


E o candeeiro desta rua não chega.
Preciso de uma luz que não esta, vil e amorfa.

Não dou nas vistas!
Hoje não é o meu dia
E não irei aos mais altos astros.
Ficarei por aqui,
Nesta cadeira imóvel, partida num dos seus calços,
Como eu, quebrado em mim.

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