terça-feira, 10 de setembro de 2013

Livre solidão


Caído
Sobre a mesa
O chão

O piso
Que não conheces
E tentas desvendar

Mas não sabes como fazê-lo
Não entendes sua composição

Não te queiras enganar

Lá fora
Também há um solo

Uma terra assente
No pressuposto da negação

Por lá
Tudo é mais feroz
Pelo menos
Altera-se a voz

Lá fora
É outro pólo

Não o queiras deslindar

E a mesa
É bem diferente
Com muita gente

Uma outra
Sofreguidão
Até à exaustão

Peço-te
Para permaneceres
Nesta solidão

Neste chão
À nossa mesa

Aqui podes prevaricar

 
António MR Martins

1 comentário:

Clarisse Silva disse...

Olá António Martins,

Belo, muito!

Saudações, bom ano.

Clarisse Silva