sexta-feira, 30 de agosto de 2013

crédula esperança



estou dos versos esquecida
me anima uma crédula esperança
que o que me resta de vida
é esta saudade nua e crua
que de lembrar não me cansa.
e este ânimo constante
que me vem ao semblante
que sempre assim em mim esteja.
quero que todo o mundo veja
que aos versos não ando atada
mas anda louco o pensamento
e a alma arrebatada...

a morrer sentenciada
anda a minha poesia
no silêncio e esquecimento...
se pudesse a pouparia.

já fui moça...moça ardente
já fiz versos de repente

estou dos versos esquecida
eles que foram meus amantes
deram golpes ficou a ferida
já nada é como dantes...
versos que eram raridade
onde conservava a saudade
hoje resta a aparência
nada tinham de ciência
quem sabe...a eternidade!

não deixo que nada me entristeça
a vida é cruel ameaça
só a lembrança me estremeça
para esquecer qualquer desgraça
e se a vida me consente
caminhar sem receio
a minha metade igualmente!?
então:
farei da caminhada passeio.

natalia nuno
rosafogo

2 comentários:

Beijaflor disse...

Olá Natália

Mergulhei fundo neste teu poema não deixando nada por explorar. Os tesouros nele encontrado são extremamente valiosos. Os ventos fortes saídos das profundezas das entranhas trazem acoplados ondas vigorosas onde a esperança se enlaça com a vida! As asas da tua poesia levam-nos sempre a viajar para lá do tempo e do sonho. E que sonho!

Beijo

Pétala

orvalhos poesia disse...

Grata João, por estares sempre presente na minha poesia, de ti me vêem palavras de apoio que me levam a não desistir.

Bem Hajas
beijinho