trémula a última estrela
soltam-se palavras na memória
a dor ri de mim
é tanta a sombra que me envolve
no escuro
debalde a claridade procuro
no tempo que me tem,
e só é a saudade que vem
do tempo de além.
tiro da gaveta o linho
com o olhar turvado
morro como um passarinho
com seu cântico acabado.
trago o silêncio na garganta
e já nada me espanta
há um não sei quando
que me persegue
e um não sei onde me leva
há uma loucura de saudade imensa
uma coragem que se nega
e um frio que se faz presença.
natalia nuno
rosafogo
2 comentários:
Olá Natália
De linho, se fazem lindas rendas
Que vão no bico de passarinhos
Com ele, se fazem lindas tendas
E também, uns belos ninhos!
De silêncios se erguem fortalezas que nenhum temporal derrubará! A força que advém da alma voa como o vento, e ao seu sabor! Nada, mas mesmo nada, a deterá! É um prazer voar ao sabor das palavras, feitas melodias!
Pétala
será tempo de viagem
aos olhos já nada atrai
será outra a paisagem
a poesia comigo vai
de mim não haverá traço
a noite e dia terão fim
a vida e morte apenas laço
e tu Poeta desfolharás uma flor
por mim...
João, sempre as tuas palavras me trazem as lágrimas de belas que são.
bem hajas
beijo
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