quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

...nas mãos esbeltas d`um louco amor errante


A manha enlouquece nas mãos esbeltas
d`um louco amor errante cativo do tempo
e as pétalas nos corpos brancos resvalam-se
despindo-os sôfregas numa volúpia quente

São horas de despudorados aconchegos mil
nas bocas salivantes gemendo momentos,
e os asteriscos saltitantes, perdem-se nús
nos olhos chamejantes de aromas, do rosto teu

A voz embarga-se num rouco vagir, ciciado
nos lençóis cobertos dum querer escarlate
e as horas inundam pueris os corpos desnudos
num precipício alucinante da doce palavra “céu”

Escrito 12/12/12

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