Pudera eu deixar a gaivota que há em mim
sobrevoar a longura dos céus
planar o sonho trancado na outra margem
desértica
Pudera eu inebriar-me do teu perfume doce,
aspergido de sal
transformar as minhas lágrimas num bote frágil
deslizar pelas ondas embravecidas da minha alma
repousar ao por do sol, nos teus braços de algas verdes
Ah pudera eu transformar o poema no meu corpo
enxague de mim
Escrito a 8/6/12
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