Os
lábios se descolam dos seus
De
uma forma tão delirante
Os
dele tornam a colar aos seus
Quando
já lhes diziam adeus
Perante
desejo palpitante
Assim
se encostam os narizes
Entre
as ondas da sofreguidão
Revigorando
pelas raízes
Sonho
colorido de matizes
Empolgadas
pelo coração
Adiante
gestos de afeição
No
abraçar sem quaisquer limites
Lufadas
de plena imensidão
Sem
se questionar por contenção
Por
onde salpicam apetites
Envoltos
de alegria e dor
Apetrechos
da massa humana
Exultando
ao máximo valor
A
que damos o nome de amor
Ante
rubor que dela emana
Revolvem-se
os plenos sentidos
Naquele
cenário de afagos
Entre
os corpos tão perdidos
Não
escutando outros pruridos
Senão
os seus arfares tão vagos
Culmina
o sensual enredo
Perante
as estrelas cadentes
Que
germinam de tamanho medo
Escondido
no rico vinhedo
Nos
resquícios adjacentes
António MR Martins
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