Mil pequenos nadas Cheiros e sensações, Me dando boas razões Para minhas noites acordadas. Neste momento de solidão Único, imenso. Na serenidade e em escuridão Fecho os olhos e penso. Como são pequenos meus dias Passando, sem qualquer resposta. Morrendo. Feitos de realidades frias. E logo a noite se mostra. Olho para trás, uma recordação vivo, A cada passo mais uma revivo. Até que a memória fica despovoada E eu tranquila, satisfeita, Deixo-me para além de mim, abandonada. Na sucessão dos dias Saram velhas feridas, dou mais um passo Mais um palmo de terra, semeio alegrias E vou mantendo, com o passado um laço. Restam sonhos e vontades! Sinto ainda os traços que alguém me roubou. Chorarei até à última gota as saudades Sucumbo ao cansaço, o tempo me enganou. Vou a página virar! Lembrarei o que houver a lembrar!? Neste fim de tarde, Já se vai do céu o azul profundo. Com pequenos nadas e em liberdade. Sigo alheia ao Mundo. rosafogo |
domingo, 15 de abril de 2012
MIL PEQUENOS NADAS
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2 comentários:
Olá amiga, sabes que eu gosto muito de boas rimas e tu as fazes muito bem, gostei, beijinhos
Sempre rimo, que fazer? É minha sina, não sei compôr poesia senºao fôr rimada, devo trazer comigo alguma alma penada dum poeta d'outros tempos.
Brinco amiga, mas a verdade é que só assim consigo soltar-me.
Beijo Maria
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