Nos açaimes rubros do tempo
na garganta funda…
os ecos humedecidos
transviados, travestidos
aguçados sons da mágoa
zumbem em violinos gretados
de vagidos iluminados de sol
no areal encharcado
de uma qualquer praia sem mar
As areias mirram flechadas
por lágrimas amargas de sal
e o vento acoita o rosto
na revolta impotente das ondas
de todo o vasto areal
Caiem faíscas púrpuras
nos braços enevoados do vento
e a brisa trajada de pérolas
perde-se no amontoado tempo
20/03/12
3 comentários:
Gostei muito desta poesia.
Um bj.
Irene
Purpuro é todo o verso erguido na dor
São palavras salgadas
Areias transviadas
Violinos mirrados
Belíssimo, denso, profundo
Teu Poema
Bjo.
Excelente!
Beijinho Liliana.
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