São tão vazios os dias
Na penumbra do vácuo
O vento canta lá fora
Leva com ele folhas
Para o cume dos telhados
As nuvens choram
Em prantos húmidos
Nas costas do sol
A nostalgia vagueia
Pelas paredes brancas
O lume nos vidros
Crepita sonhos…
Utopias de gente que sente
Com medo dos gritos…
Voam nos planaltos aromas da terra
Buracos profundos
Que o espírito espanta
Na dor de não saber calar…
As árvores pintam o verde
Em branca flor…
O Inverno acena um adeus
Mas a Primavera
Teima em não chegar…
E será somente
Um dia vazio de Verão…
Ana Coelho
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