Ter olhos gastos ou deixar os olhos pousados nas estradas. Já não há peregrinos que caminhem nos dias. O sabor dos frutos na lingua de quem navega, navegamos nas palavras quando as perdemos do corpo para a mesa das tabernas.
Ter os olhos gastos ou deixar os olhos vestidos nos gestos dos que se desencontram. Sabemos que os sabios se desencontram dos livros. Ter os olhos gastos ou deixar os olhos pousados nas estradas. Gostaria que me guiasses, o silencio das mãos no grito da terra.
Ter os olhos gastos ou deixar os olhos prostrados nas estradas.
Lobo 010
1 comentário:
Lobo.
Adorei este texto.
a escolha será sempre nossa.
A de ter um olhar ausente de tudo,ou fixa-lo num ponto qualquer.
beijo
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