3 grupo.
Na quietude...
Dos caminhos que percorro
Visto as cores
De um arco íris…
Brilho difuso
Grito contido
Voláteis histórias
Em versos soltos
Que voam sem destino
E no adeus…
Descubro a chama corrente
O nascer do sol
O cintilar das estrelas
No avanço do mar
Alcanço um som,
Leve, muito leve,
Não são harpas
Não são Anjos
São fantasmas descalços.
Sabem-se implicantes
Por tão antigos serem.
Vivem no sótão,
Nos medos e segredos
De quem nada sabe.
Inquietam, procuram,
Abanam,
Remexem o passado:
Matam as palavras,
As desculpas,
Os lamentos,
Os ais dos choros
Ainda vivos,
Sofridos no sangrar
Dos pulsos
Devagar regressa
à superfície
ignora os disfarces
do destino,
rasga os precipícios
na poeira do mundo.
Veste de verde o amanhecer
recolhe no peito
todas as pedras do caminho.
Desfia com rigor
cada angustia
ou desejo inconfessável,
recupera a distraída
bússola da alma,
obstáculos povoados
na memória indelével.
O que a vida não me dá
eu não peço a ninguém,
vou procurando sozinho
talvez o que ninguém tem...
eu sou filho parido lá
onde a sorte é de alguém
que acredita que sofrer
custa muito e sabe bem
porque depois de morrer
só sofre o fora-da-lei
que nunca pagou o que seu tem
tirado ao sono com as dores de outrem...
Rasgo os pedaços desse poema
sorvo o conteúdo clandestino
nas entrelinhas escritas
desses versos fragmentados
em representações doridas
em pensamentos abstractos
de ideias pré concebidas
de um coração magoado
Voo na cegueira de mim
ao chamamento profano
do silencio da tua voz
Salto no imaginário….
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