Quão fundo
é o areal de pedra e sargaço
por onde
adormece o cansaço dos meus passos
abandonados
ao perfume salinizado dos mares
e ancorados
ao pontão das longínquas memorias
Perdem-se
no murmurar surdo dos temporais
o eco das
palavras multíplices de desejo
que
anoiteceram na quentura ausente dos corpos
das
diáfanas caricias memoriais do tempo
E na boca
de todos os infernos, pernoitam
os pedaços
de silêncios adormecidos
e nas vagas
chamuscadas do olhar persiste
a cor
vermelha das malvas e o tilintar
dos
suspiros fatigados na tez acerejada da pele
Escrito em
multi datas
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