quarta-feira, 23 de outubro de 2013
entre ser ou não ser
há sempre uma hora que morre
deixa meu coração ermo
e minha face amadurecida
na escuridão,
minhas mãos me parecem alheias
de rabiscos cheias
com poesia inacabada
entre ser e não ser nada.
ao redor a solidão me cerca,
como um corredor sombrio
meu tempo se enche de vazio
e frialdade...
sou solidão e saudade!
mais uma hora morta
como impedi-la de passar?
ouço os passos do tempo,
deste tempo que teima meu sonho
quebrar.
esta hora é tudo que resta
vejo passar os dias um a um
e já nem sei a idade
e como se não restasse nenhum,
meu sonho
permanece na obscuridade
tudo parou na tarde que morre
parar o tempo como queria!
rente à sombra das àrvores a escuridão
a noite desce, não há saída
morreu o dia,
o sono traz-me o sonho p'la mão
amanhã haverá novo sentido
para a vida.
natalia nuno
rosafogo
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