domingo, 14 de abril de 2013

TROPEÇAR


Não sabia como atravessar a parede de vidro
Tropeçava na memória, na mentira, na traição,
Nas palavras e nos gestos, no momento oportuno
Inquieta no aqui e agora…de pernas trémulas!

Tropeçava na consciência da perda e da ausência
Na dependência, no risco…como dizer e fazer…
Tu desafiavas as emoções…os instintos…a pulsão
E estávamos ali, em sorrisos que perscrutavam

A amálgama interior da nossa identidade de abismo…
O que fomos, o que somos, do que pomos e dispomos
O redemoinho frenético de ser ou não ser eu

O ir sendo nos códigos das palavras e dos olhares
Viajando receosa por um «mapa-mundi» desconhecido
E de repente num impulso desnorteado, aconteceu!

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