na manhã que nos espia arregalada de espanto
e em lençóis vadios, acaricia-mo-nos delirantes
no vaivém sedento dos corpos, blasfémicos
As mãos percorrem a tez branca da nudez
em soluços trémulos, deliram insaciáveis
nos corpos orvalhados de rubra avidez
As bocas devoram-se em saborosas iguarias
desejos acre-doces de exímias poesias
em desnudas bússolas de mapas corporais
desbravam livres tesouros ancestrais.
E o tempo dá-nos o tempo de ser tempo
num momento do tempo sem nada mais
os corpos saboreiam o bónus do destino
num caminhar fugaz de simples peregrino
Escrito a 04/11/12
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