Na quietude
clandestina da noite
voarei, subirei ao cosmos
e lá na minúscula luz da estrela,
poetarei
[disse-te]
Esvaziarei as mãos de palavras
e dos dedos as rimas
onde se soltarão os suspiros
enlaçados
de amantes fonemas
nos cativos lábios do dia
adormecerei
e nos braços do sono
no raiar de algures…
se soltarão as algemas
uma a uma
nos versos da utopia
Furibundo brotará
no entreolhar das pálpebras
o sonho
emerso no fogo da vida
E no esvoaçar dos vocábulos
entoarei num suave poema
a louca fantasia.
Escrito a 25/11/11
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