sábado, 2 de julho de 2011
NEGO QUE TE AMO
Nego que te amo obstinadamente
Nego que te quero à boca cheia
No meu olhar o amor é transparente
E meu coração ao teu se enredeia.
Como é ingrato envelhecer!
Ver-me nos teus olhos e sentir
Que sou água que corre por correr
Não aquele rio de verdade
Que se perdeu no tempo e é saudade.
Nego que te amo arrebatadamente
E o tempo já não sorri pra mim
Trago sede do amor de antigamente
Que enchia os corações de odor a jasmim.
Agarro-me à lembrança do teu rosto
E meu coração ainda vibra e clama
Para mim o amor é ainda uva em mosto
Há fogo nas entranhas de quem te ama.
E a vida é chuva derramada no olhar
É noite em mim, apagada a esperança
Já os sonhos partem do cais, deixei de sonhar!
Sonhos são apenas minhas relíquias de criança.
Cantam nas minhas mãos melros em liberdade
Encandeio-me no sol que me queima
Meu pensamento fica inacabado
Só a saudade,
Teima
Neste amor engendrado
Nos teus braços,
ficou tudo o que sonhei
Ainda sigo teus passos
Deste amor não me libertei.
Vou lembrando-te, entre os aromas da tarde
E de pés descalços corro na saudade.
rosafogo
natalia nuno
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4 comentários:
O amor é e será a mola real da vida!
Um coração acalentado e acorrentado pelas chamas de uma paixão, uma bela imagem poética da contradição. Um abraço, Yayá.
Grata pelo apreço, o amor será sempre suave como o azul da violeta ou do lírio.
bj.
natalia nuno
Que bom que entendeu minhas simples palavras, tão simples quanto a brisa que estremece as folhas, ou como o vento que nos canta.
Um abraço com o meu obrigada.
natalia nuno
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