quarta-feira, 29 de abril de 2009

Escrevo sim

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Escrevo simplesmente nas páginas brancas
do papel ávido de sentir os sentires
que me inunda a alma

Escrevo sim
como se atravessasse um rio turbulento
desaguando em cascatas de quereres

Escrevo com as mãos trémulas de acariciar
as vogais e as consoantes
dançando ao sabor dos meus dedos
frémitos de sublime expressão

Escrevo como se pintasse em aguarelas
a tela final da minha vida

Escrevo esculpindo versos
como se moldasse o barro que escorre
das minhas mãos vazias do nada

Escrevo sim poeta,
para que vejas como eu sou
liberta de mim
vivendo aqui no papel branco
carente de nós
os caminhos incertos da vida.

Escrevo simplesmente de mim, de ti de nós

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