segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Galgo o asfalto


Galgo o asfalto vertiginosamente
como se quisesse planar o cosmos
Sinto o silêncio do meu pranto
resvalar suavemente
pelo meu rosto marejado
sedento de ti

Galgo mais e mais incessantemente
encurto o tempo, que o tempo me dá
e lá onde as ondas dançam
em vagas espumosas,
onde o horizonte é a paz
que me acalma,
encerro as pálpebras e voo
em nuvens solitárias
banhada pelo sol luzidio.

O vento docemente afaga-me
sussurrando brisas idílicas
desvendando segredos em mim
o meu corpo impetuoso relaxa
ao sabor da tua voz
à cadencia do teu sorriso
percutindo no imaginário recordado

A minha mente distancia-se
com o fervor de um pássaro audaz
livremente nas águas frias do oceano
sentindo o ardência de ti

Sacio a saudade insaciável
mitigo a vida que acontece
nesta distancia mensurável
deste diáfano sentir em mim

2 comentários:

Heduardo Kiesse disse...

uma poema de elevada pureza e beleza contagiabte!!
gostei da leitura meu bom amigo

abraços

Liliana Jardim disse...

Ui poetas, como este vosso blog está repleto de poesia romântica atribuio o prémio "sobriviventes ao romantismo".

Beijinhos
tudo de bom para vocês sempre