quarta-feira, 28 de março de 2012

arde o horizonte da nossa contemplação

poisam as fagulhas doentes
nos intervalos da terra queimada
e na outra,
virgem deste lesar,
ao suspiro de um vento
que não acode ao salvamento.

o fumo avassala a serra
numa espessa nuvem,
que só transmite calor
e uma dificuldade no respirar.

este vil sofrer
do apaziguar sem contemplação,
nos submete
ao desapreço do desassossego.

na naturalidade das coisas…
há o gesto criminoso
que tanto maltrata o que nos rodeia.

o desatino não tem medida,
a incompreensão não se revela.

tanta coisa se perde…
sem a transformação devida
e salutar da Humanidade.

e o crime tanto compensa
a baixeza das mentalidades,
sem preconceitos.

cada vez mais…
nos sentimos tão pequeninos.


António MR Martins

2 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Magnífico poema. Gostei muito.
Não te conhecia, mas vi-te no blogue da nossa amiga comum, a Vanda.
Abraço.

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Olá.

Há nas palavras
que fazem pensar,
o sentido
precioso da esperança...


Que haja sempre perfume
de sonhos em tua vida.