quinta-feira, 30 de abril de 2009

O mundo das estrelas(p.Dolores)


O MUNDO DAS ESTRELAS.

.


O que nos move?

.


É este amor imenso á palavra escrita

É esta capacidade que temos

em acalmar a desdita.

É este mergulho intenso no desconhecido

É esta coragem imensa de descrever o sentido.

.

Não é a busca da fama ou da glória,

Não é o matar o tempo com relatos da memória.

.

É entrar no mundo da emoções da cada um

É tentar acalmar a dor da vida

das alegrias,das tristezas,

e quem sabe do amor.

.

Não é a oferta do pão que vai matar a fome,

Não a denuncia das fraquezas de cada homem.

.

É levar a paz e a esperança aos corações em sofrimento

É trasmitir um pouco de luz

ás almas em desalento

É este caminho errante que nos leva á espiritualidade

É a angustia gritante que nos fala da saudade.

.

Não é só falar dos prazeres da vida terrena.

Não é só perfumar o corpo com cheiros de alfazema

.

É esta vontade de ir mais além

que este efémero corpo

É atravessar para lá da margem

que nos leve a bom porto.

É encontrar emfim aquelas pálidas centelhas

que brilham no sereno

MUNDO DAS ESTRELAS.

.

SÃO

03-03-2009
Aprisiono
Os sons que teimosamente insistem
em se fazer ruidosos.
Estrangulo
as palavras na ponta dos dedos
rentendo-as na palma das minhas mãos.
Perfumo
meu corpo com o cheiro das rosas
colhidas ao entardeçer.
Embalo
meu corpo ao som de uma sinfonia de bethoven
e danço com ela a valsa da vida.
-
Fito
a lua á procura de paz
e o silencio desejado.
Mitigo
as angustias e
os desejos
Fecho
a porta por momentos
ao sol escaldante
das emoções e das paixões.
-
Faço
um pacto de complicidade com a lua
e amanheço em mim o silencio
na luz pálida e serena
da lua cheia.
Embriago-me
dessa claridade imensa
que ilumina meu espirito.
Voo
nesse ceu azul
da minha inocencia
e procura a renovação
dos sentidos
A CADA AMANHECER.
-
São 27-02 2009

O olhar triste de menina!



Mergulho meu olhar
nesse mar imenso
onde me perco
e me reencontro.
São cristalinasas
águas desse mar
que generosamente
me ofereçes,
onde vou procurar
as cores que dispersam
as sombras de uma alma
em constante procura.
Ilumino as minhas noites
solitárias
com as estrelas
que teimosamente insistem
em clarear os caminhos
da minha alma
em sobressalto
na angustia
de encontrar de novo
as sombras que
escoreçeram o passado.
Agarro com um forte abraço
as papoilas rubras
que me ofereçes
na ãnsia de ençendiar a alma
e aquecer o coração
com o fogo dos sentimentos
sereno da amizade
escaldante da paixão.
Visto-me com as cores
da nossa bandeira
que me embala
como a mãe embala o filho
e o acalma nas noites
de sobresalto.
Não me fites o olhar
não procures nele
os enigmas das minhas mágoas
há muito trancadas
no mais profundo
das minhas memórias.
Ofereço-te o meu sorriso
sereno de mulher
num olhar triste de menina
reflectido num
mar de águas
CRISTALINAS.
São
24-02-o9

quarta-feira, 29 de abril de 2009

São Poetas

No jardim das palavras
Ramifica a rosa
Por entre enredos e espinhos
Esboça um som,
Projectando os sentidos
Além dos corpos.
Na madrugada nua…
O abraço do tempo
O sentimento sentido
Nuvens que evaporam a dor
A fonte dos olhos que acolhem,
Na límpida água que corre.
Momentos…
Todos eles existem,
Na realidade e na imaginação
Entre nuas frases escritas
No papel que as envolve.
Luz que brilha
Fermento que faz erguer
Labaredas acesas…
No calor do peito
Preenchendo o espaço vazio
De quem ama.
Pastos forjados,
As pedras que beijam os pés
Caminham em quadros vivos
Pintados em aguarelas de mil cores,
Voando sem limites…
Rasgando os céus,
Em puzzles de letras.
São peregrinos das palavras
São poemas…
São… Poetas!!!

Escrevo sim

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Escrevo simplesmente nas páginas brancas
do papel ávido de sentir os sentires
que me inunda a alma

Escrevo sim
como se atravessasse um rio turbulento
desaguando em cascatas de quereres

Escrevo com as mãos trémulas de acariciar
as vogais e as consoantes
dançando ao sabor dos meus dedos
frémitos de sublime expressão

Escrevo como se pintasse em aguarelas
a tela final da minha vida

Escrevo esculpindo versos
como se moldasse o barro que escorre
das minhas mãos vazias do nada

Escrevo sim poeta,
para que vejas como eu sou
liberta de mim
vivendo aqui no papel branco
carente de nós
os caminhos incertos da vida.

Escrevo simplesmente de mim, de ti de nós

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Escrevo não sei porquê

Escrevo… não sei porquê
Pergunta que me consome
Entre muros da ausência das respostas
Vagueio sem caminho
Sem principio
Nem fim
Apenas parto… e vou
Vou sem destino,
Nas palavras me liberto.
Liberto-me nos sonhos das ondas
Flutuando na inspiração
Letras que alimentam o meu corpo
Na escrita que flui…
Flui além do meu ser.
Nesta liberdade feita de prisão
Surge a dúvida…
Preso estou, sem grilhões…
Sem paredes… nem correntes
Apenas escravizado aos poemas
Nas asas que ergo quando escrevo…
Abraçando assim o céu…
O mundo… o universo…
Onde me transformo,
Entre personagens e ficção
Na realidade que comungo.
Escrevo…não sei porquê
Maldita pergunta que me consome
Na razão da loucura infame que me embriaga
Entre sentimentos…
Nas memórias…
Guardadas em cofres no silêncio de um livro
Em quadros pintados pela voz
Nas sinfonias…
Alquimias da minha alma.
Vivo para a escrita…
Na aliança perpetua… amante imortal
Na certeza porém…
Encontrei a resposta
Escrevo e sou feliz.

OLHOS FECHADOS...



Extensa é a minha paz,

que ilumina a minha noite em vagalume...

Triste é minha alegria,

invadida pela doce caricia do ciúme...

Puro o teu amor...

Sentimento apenas proibido...

Sentimento desconhecido...

Sentimento pelo sexo, pela obcessão...

Mera paixão escondido...

Que faço agora contigo ausente???...

Que faço agora com minha alma carente???...

Minha alma que foge de amizade exacerbada e demente...

Chamam-lhe amor doentio...

Eu sinto nele um enorme vazio...

Uma revolta silenciosa que explode no sentido interior...

Porque se ausenta agora meu refúgio,

que se sente obscuro mas plena de minha cor...

Se te vais, questiono-me se é azul o céu...

A noite é cinza escuro, não me atrevo a levantar seu véu...

Se te vais, porque não grito rouco, inerte de fantasia????...

Se te foste, porque te sinto aqui, presa na garganta da agonia???...

Ao sol transpiro o teu sonho...

À sombra te aguardo,

sem luz, sem face, sem toque, um olhar errante...

Sem ti, sou eu meu sol, e por tras da montanha negra me ponho...

Sem ti, volto ao oceano ver meu reflexo ondulante...

Sem ti, meu horizonte vazio, poe em causa uma multidão que sigo...

Abandono o pelotão desta corrida que ninguém vence...

Sento-me na berma da estrada sem som,

em que nem meu nome digo...

Nela me enregelo, mas já nem me lembro o que é o frio...

Sem tua presença colorida qualquer ave é simples pedestre...

Com minha única asa, não voo...

fito um céu de neblinas sem as alcançar...

Sem ti para que quero voar???...

Sem ti para que quero pensar???...

Sem ti não ouso existir...

Apenas...

Estes tristes pássaros, sigilosamente, me ousam acompanhar...

De olhos fechados...

apenas o odor de suas penas...

De olhos fechados...

apenas o ritmo de um coração no tempo parado...

De olhos fechados...

nem a morte sabe onde me encontrar...

De olhos fechados...

sinto mais perto um Deus que acorda irritado...

De olhos fechados...

por teu toque, irei aguardar...

Mas de olhos abertos te irei ver,

até a eternidade serenar...

Lembras-te dum ordinário poema que um dia te li???...

Lembras-te que um dia...

Numa noite...

Te aconteci...




DARKRAINBOW

sábado, 25 de abril de 2009

CRUZAMENTOS...



Cruzamo-nos em linhas paralelas...
Que iluminamos à luz de nossas velas...
Vidas encaixadas em perfeita harmonia...
Equilíbrios entre paz, amor, dor e agonia...
Desiquilíbrios entre a minha guerra, meu ódio, tua cor e alegria...
Semblantes austeros...
Sorrisos sinceros...
Amores, desencontros, folias...
Coincidências premeditadas, alternativas falhadas...sintonias...
Quem devo seguir nesta multidão desenfreada???...
Não confio em mim próprio, sozinho...
Uma alma que nada vale, sem caminho...
Uma eterna poesia relatada à sorte num papel vazio...
Palavras lançadas de modo inconsciente e frio...
que qualquer um usava...
Amontoados de livros bolorentos que apenas falam de amor...
Uma eterna loucura colmatada...
Por meu irracional desvairio...
Um estranho calor...
Um fogo interior...
Que com seu fumo...
Me polui os sentidos com intenso frio...
Que ousas a este meu livro acrescentar???...
Sabes porventura que palavras libertar???...
Sabes porventura quem és,
quando vês teu reflexo em meu olhar???...
Sabes porventura quem sou,
se apenas vês meu reflexo num qualquer espelho virtual...
Será que de olhos fechados...Para mim cantas???...
E da tua música, em seus ecos me vês...
És uma deusa, que se esqueceu da altivez...
És o meu ser, que perdi antes de nascer...
És o meu querer, que senti antes de morrer...
És o meu sentir, que não perdi...
Não te cheguei a encontrar...
...um sonho que desisti...
Perto de amar...
Um abraço que eregi...
Para te alcançar...
Sê mais forte que eu...
Apenas...
a penumbra dum anjo perdido...
Sê mais crente que eu...
Apenas...
não aceites o traçado destino...
Viola minha alma, mesmo sem meu corpo tocar...
Voa para longe com meu ser...
Mesmo sem eu me ausentar...
Fica comigo num utópico sempre...
Mesmo na cumplicidade de cada momento ausente...
Fica comigo calada...
Levanta a poeira de minha enlameada estrada...
Mesmo sem escreveres...
Mesmo sem falares...
Mesmo em momentos que me ignoras...
Mesmo em momentos de fadiga irreverente...
Mesmo em momentos que minhas asas levante...
Faz de mim teu credo...
Tua fé em tua glória...
Invade-me os sentidos...
Conquista meus castelos antigos...
Traça, desenha, inventa, um rumo para minha velha história...

Darkrainbow

quinta-feira, 23 de abril de 2009

VIRTUALIDADE LIBERTINA

Essência do homem e deste seu muro...
Essência de mim e do que pensas deste Mundo...
Em todo o lado está o mal...
Sou um Deus, ou mais um ser imundo...
No meu sonho, vagabundo...
Na tua realidade, em que vivo em cada segundo...
Procuras...encontras...seduzes...
Eu apenas sou procurado...
Algures encontrado...
Nas margens de um rio salgado...
Por ninguém seduzido...
Um vagalume de tenebrosas luzes...
Uma brisa que nenhum cabelo afaga...
Um leve vento, na realidade ignorado...
Sim...minto em relação ao que não existe...
Libertino em relação ao meu ser...
Sorrio apesar de estar triste...
Choro quando teu sorriso em conturbada mente subsiste...
Procuro outro ser...
Aquilo que procuras e encontras em mim...
Que possuo mas não me deixa ser feliz sozinho...
Quando tu e teu amor...
Forem minha realidade...
Afastar-me-ei destes sonhos...
Rir-me-ei contigo de pesadelos...
Viverei na insónia...
Acordado em ti...
Se esse é o meu caminho...
Aí sim...
Com minha alma, serei por ti, libertino!!!

Darkrainbow

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Este chão... esta terra

Este chão que já conheço
onde interiorizo meu meio,
solo presente no consentimento,
farto gerador desta semente
mitigada sem presunção,
mas adorada, sem mais não.
Velho poiso da saudade
donde avisto o esplendor,
que me envolve em felicidade,
num ambiente sedutor!...

Eficaz motor da vida,
me acolhes sem perconceito.
Eu te adoro, mesmo afligida,
pois a ti estou sujeito!...

Eu te abraço, desde sempre!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ouço-te...


És um poema
Onde deitaria meu corpo
A ouvir-te...
A sentir
O teu coração
Pousar na minha mão
E com esta
Pousar-te
No peito faminto

Sou um pássaro perdido
No ar perfeito do teu pensamento
Sou turbilhão de prosas
Na imaginação que transpiras
Sou a ilusão do tema
Quando te perdes

Quero-te beber
As palavras surdas
Mas não sei...
Se são
Encruzilhadas
As poucas certezas de te saber
Sei que te ouço...
No pouco tempo de estar
Mas sei também
De um minuto
No universo
Onde tudo se pode ser
Onde tudo se pode ter!

Ouço-te
Nos rios nascidos
Que em mim naufragam
Sei dos temporais antigos
Que transbordam
Em remoinhos frouxos de prazer
E...
Ouço-te
E sei...
Que tens tornados de mel
Mares lembrados
Fogueiras ateadas
Nas almofadas solitárias
Que te sabem a fel...

Não partas, chega!

Ouve-me!


Sou um sonho errante
Que se deita no teu corpo
Sem vida…
Já não te sinto
O peito ofegante

Este é outro ar qu’inspiro
Sempre que me sinto perdida
Encosto-me ao teu sopro
Que me beija sempre
À despedida

Casuais encontros
Expostos ao mundo
Só eu e tu…
E os efeitos lunares
Na terra que se quer viva

São as causas nas encruzilhadas
E certezas re-lembradas
Na palidez triste...
A marca da aliança
Que morreu de pé

Ouve-me!
Já nasceram os rios
Que em ti naufragaram
Lembro-me ainda dos temporais
Que irrigavam os teus olhos
Galgaram as margens ressequidas
Tornados afogueados
À roda de mim
E dos mares esquecidos

E eu parti à descoberta
De outros sóis
E umas quantas marés
Me levaram…